Conversando com o autor: G.C. Neves


Seja bem-vindo ao blog Gustavo, muito obrigado por aceitar o convite para a entrevista.

1-Quando surgiu seu amor pela leitura? E quando descobriu que queria escrever?
Gustavo: Surgiu quando eu estava na sexta série do ensino fundamental, eu mudei de escola no meio do ano e, nessa nova escola, havia uma biblioteca, o que não existia na primeira. Eu nunca havia visto tantos livros em minha vida e quanto conhecimento diferenciado em cada um deles. Não era só de literatura, eram dos mais diversos assuntos. Naquela época não havia internet e a biblioteca foi como uma porta para o mundo.
Nessa biblioteca também tinha algo que eu nunca havia visto em uma escola, um tapete com várias almofadonas, um ambiente muito acolhedor. Eu pegava uns três livros e os ficava folheando, depois me decidia por um, ia até um balcão e o levava para casa. Começou assim, bem simples.
O meu primeiro livro, No Centro da Terceira Fileira, começou a existir na minha cabeça um ano após eu terminar o ensino superior, em 2003. A inspiração veio de lembranças de várias passagens marcantes em minha vida e nos momentos vividos por alguns amigos meus, que me contavam certas situações, tanto homens quanto mulheres.

2-Todo escritor, normalmente é também um grande leitor. Conte-nos quem são seus autores favoritos? Algum deles inspirou a sua escrita?
Gustavo: Não tenho um autor específico, mas acho que tudo o que lemos nos influencia. É como se recebêssemos resumos das experiências vividas por um monte de pessoas. A leitura é fantástica. Então, eu acho que todos os autores me influenciam quando escrevo, uns mais e outros menos.
O mais engraçado é que eu não leio ficção e também não tenho um gênero específico. Agora que comecei a escrever, não estou com muito tempo para nada, mas eu leio sempre que posso. Ano passado, eu li dois livros de Geopolítica, um manual de sobrevivência, que ainda não terminei, e um livro sobre musculação. Tudo a ver, né! :-) Hoje, quando tenho um tempinho, vou em uma livraria e fico folheando alguns livros, mas estou focado em escrever e ajudar na edição dos meus livros.
Uma coisa que me influencia muito a escrever é a música. Quando escrevo, ouço Djavan, Marisa Monte, Vivaldi (violino) e duas músicas em piano, uma de Chopin e outra de Beethoven. Inclusive eu coloquei algumas cenas com músicas no “Ao Centro da Terceira Fileira”, tem até um “show” e um capítulo com esse nome.

3-Qual de seus personagens é o seu favorito? Por quê? O que ele significa para você?
Gustavo: Gostava igualmente de todos, mesmo os coadjuvantes, mas a Bel, que adora ser o centro das atenções, começou a me visitar nos sonhos, durante três dias seguidos. Foi uma experiência muito real e na mesma época em que comecei a escrever o segundo livro.
No primeiro dia ela só conversou comigo, perguntou por que eu escrevia aquelas coisas, uma conversa mais para a gente se conhecer. No segundo dia ela chorou, ficou pegando na minha mão, me olhando nos olhos, contando que estava sofrendo muito, pediu um abraço e ficamos conversando um tempão. Já no terceiro, eu não posso falar, porque é “spoiler”. ;-) Também tive um sonho, num dia desses, em que via Bel e Gi de longe, discutindo baixinho, mas foi só isso, nenhuma delas falou comigo.
Gostaria de dizer que, tanto Robson quanto a Gisela, têm um pouco de mim. Além disso, os dois são uma reunião de várias pessoas que eu conhecia o longo da minha vida, mulheres e homens, e mais um bocadinho de imaginação. 


4-Qual foi o elogio mais bonito que já recebeu/ouviu de um leitor?
Gustavo: São tantos elogios lindos que seria uma injustiça apontar um. Adoro as resenhas e os comentários, mesmo quando falam mal, porque o livro às vezes afronta. Eu às vezes me emociono com o que leio de vocês. No entanto, ouvir que alguém riu ou chorou, quando leu meu livro, é algo que me toca muito. Fico pensando: “como consegui fazer isso?”. É uma satisfação que só um autor sabe.

5- Como se sente quando vê que as pessoas estão gostando do seu trabalho?
Gustavo: Sinto-me muito gratificado e mais motivado a continuar escrevendo, como se precisasse dar as respostas que os leitores querem e precisam. Eu quero participar dessa fase gostosa de ler um livro, de emocionar e de receber aquela energia que só leitores têm.

6- Você tinha em mente um leitor enquanto escrevia o seu livro?
Gustavo: Olhe, no início não, porque eu tinha o livro na minha cabeça praticamente pronto, mas nunca tive paciência para sentar e começar escrever. Um dia, eu estava no ônibus, preso em um engarrafamento, estudando com o meu “notebook” e experimentei escrever uma página, daí escrevi duas, três e, uns quatro meses depois, tinha um monte de páginas desconexas, tipo um quebra-cabeça. Precisei de mais dois meses para organizar as ideias em capítulos e os capítulos no livro. 
Olhei para ele e achei que estava bom, mas percebi que seria uma estória que poderia estar acontecendo com alguma pessoa em um cursinho pré-vestibular. Então, acho que o livro foi escrito mais para essas pessoas, o público de 16 a 20 anos. 
Ocorre que pessoas já passaram por esta fase marcante da vida, por isso muita gente se identifica com ele, mesmo pessoas de mais idade.

7- Tem alguma mania? Algo que sempre faz antes de começar a escrever?
Gustavo: Tenho sim. Quando vou escrever sobre alguma cena eu ouço uma música que eu acho que representa o que os personagens estão sentindo. Fico ouvindo umas dez vezes seguidas, aí sinto a inspiração, como se me incorporasse ao ambiente e escrevo sem parar.

8- Qual seria sua maior "dica" para quem quer começar a escrever "Profissionalmente"?
Gustavo: Desculpe-me, mas eu não sei. Eu não tenho como te dar essa resposta, porque ainda sou amador, escrevo porque gosto. O meu contrato com a editora é de apenas publicação do livro.
A única dica que eu posso dar é que se você quer fazer alguma coisa, qualquer coisa, seja um livro, um quadro ou uma música, você tem que sentar e fazer. Não ligue para o que vão pensar, faça. A prática vai te levar aonde você quer chegar e acredite nisso, como se o visse pronto, na sua frente.
9-Seu livro deixou aquele gostinho de quero mais!!! Quando será o lançamento do próximo? E quais são suas expectativas?
Gustavo: O próximo livro já foi escrito e estou aguardando a resposta da editora. Se ela aceitar, deverá estar disponível em janeiro de 2016. Se não, irei fazer uma produção independente, oferecendo principalmente no formato e-book e devo imprimir uns 50 exemplares. Então, tudo vai depender deles.

10- O que no "centro da terceira fileira" significa para você? O livro já mudou de alguma forma a sua vida?
Gustavo: Esse livro significa muito. Ele é um primeiro passo em direção a algo que eu sinto desejar fazer. Estou adorando escrever e interagir com os leitores, só tenho que ter os pés no chão e frear um pouco o meu ímpeto em escrever tudo o que penso, como fiz no primeiro livro. Alguns termos e expressões chocaram muito algumas pessoas, embora eu quisesse fazer isso, para mostrar a realidade do universo masculino.
Outra coisa, é que esse primeiro livro foi trabalhado na minha cabeça por uns 10 anos, por isso pude fazê-lo com muito cuidado, algo que não vai acontecer nos próximos, ao menos que eu espere por mais 10 anos (risos).
Ele ainda não conseguiu mudar a minha vida, mas está me dando um novo rumo e me abrindo oportunidades que nem eu mesmo imaginava. Estou conhecendo muitas pessoas e fazendo amizades em várias partes do país. Espero do fundo do meu coração que ele mude completamente a minha vida e traga mais felicidade às outras.

Gustavo Muito obrigado novamente, por conceder essa entrevista. Agora para finalizar o espaço é todo seu: Deixe uma mensagem/recado para seus leitores. 
Gustavo: Quero dizer que estou muito feliz por todo o carinho que recebo dos leitores, por escrever a sequência, “Ao Centro da Terceira Fileira”, e por interagir com pessoas como você. Isso é o mais gratificante, eu aprecio muito toda essa dinâmica que os leitores têm de querer saber mais sobre o livro e sobre o autor. Eu tenho contato com alguns leitores, eles me dão dicas sobre o texto, sobre um personagem e até sobre o que eu falo ou da minha forma de agir. Sempre ouço o que me falam, é como se fossem livros que eu leio. Fiquem certos de que alguma coisa vai entrar na minha cabeça e me influenciar na hora de escrever.
Eu fico à disposição de todos vocês que quiserem falar comigo. Contudo, sou uma pessoa comum. Eu preciso trabalhar durante o dia e escrevo à noite, mas sempre arranjo um tempinho para me comunicar com meus leitores.
Eu não tenho páginas pessoais nas redes sociais, mas possuo para o livro no Facebook, no Skoob, no Twiter e no Instagram. Neste último, estou mais ativo e se alguém quiser falar comigo, é só entrar em contato. Já peço perdão se não responder logo, porque às vezes não tenho tempo, mas assim que posso entro em contato.
Um beijo a todos e tudo de bom a vocês.
Muito obrigado pela oportunidade.

Bom leitores, esse foi mais um -Conversando com o autor- espero que tenham gostado, Se você quiser conhecer um pouco mas sobre Gustavo, ou sobre seu livro, segue abaixo os contatos:

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