Entrevista: Erivaldo Manoel


“Jamais olhe com desprezo para o seu passado, pois é por causa dele que você está onde está. Foram as aprendizagens vividas que lhe trouxeram a experiência e a possibilidade de um futuro melhor”

  Erivaldo Manoel iniciou a trajetória como escritor aos 14 anos de idade, quando rascunhava em pedaços de papel alguns contos e histórias. Desde então não parou mais de se aventurar no mundo da escrita, e os rascunhos evoluíram no que viria a tornar-se seu primeiro título: “A PRIMEIRA CARTA”. Estudante de pedagogia na Faculdade de Mauá – FAMA/UNIESP, voluntário e monitor de Alfabetização e Letramento, o autor dedica seu tempo livre à escrita.
 Atualmente está trabalhando em sua primeira trilogia e em um novo romance. “É realmente fascinante o mundo que podemos construir com as palavras”.

1- Primeiramente quando descobriu seu amor pela leitura? E quando decidiu ser escritor?
Tudo começou quando eu ainda estava estudando no Ensino Fundamental II, mais precisamente na 8º Série – Hoje 9º Ano. Minha professora de Língua Portuguesa Xênia sempre me instigava a escrever, e com o apoio de amigos (que ainda tenho contato), comecei a acreditar no meu potencial. No início eu rabiscava algumas frases, pequenos textos e até minicontos. Quando terminei os estudos, eu já havia escrito vários textos, mas nunca pensei em publicá-los. Guardei todos. Um ano depois, minha escola fez a “Semana da correspondência”, na qual os alunos trocavam cartas entre si e com a equipe do ambiente.
Tenho guardadas as cartas até hoje! Estas que inclusive foram a primeira capa do livro “A primeira carta”. Ao final dos meus estudos, passei por uma fase delicada de minha vida com o câncer e a radioterapia, nada que eu não fosse capaz de vencer. Nessa época, um professor que conheci em um curso gratuito me pediu para escrever um conto, que chamei de “PLANETA EM FÚRIA”, e está até hoje publicado pelo mesmo no seu blog, com mais de 30.000 visualizações. Durante o início do tratamento, rascunhei algumas histórias. Ao final de 2011, guardei todos os escritos novamente. Passou-se mais um ano, até que eu começasse a trabalhar no Mercado Todo Dia da rede Wal-Mart, e foi aí que iniciei os rascunhos de “A primeira carta”.

2- Quando surgiu "A Primeira Carta"?
Quase no final do ano de 2012, eu já havia reunido todos os escritos do passado – Da época do tratamento e escola – Junto aos trechos que foram surgindo. A ideia foi uma junção de tudo. Eu queria criar algo que mostrasse as pessoas que é possível vencer mesmo quando as portas parecem se fechar. Sempre existirá uma saída. Eu também quis trabalhar com o tema “cartas”, pois, hoje em dia com a tecnologia, as pessoas perderam o hábito de escrever (tanto pela praticidade, quanto agilidade na comunicação) e por isso esqueceram desse meio que já foi o ápice de diversos acontecimentos marcantes na história humana. Desse princípio surgiram os primeiros esboços do livro. Que foi concluído depois de muita observação e relatos que eu presenciei em meu cotidiano. Na metade de 2013 auto publiquei minha primeira obra e ao final de 2014, fui contratado pela O TORDO EDITORIAL, que apostou em meu trabalho. Hoje, o livro já chegou a diversos cantos do nosso país. 


3-Todo escritor, normalmente é também um grande leitor. Conte-nos quem são seus autores favoritos? Algum deles inspirou a sua escrita?
Concordo! Eu tenho um grande fascínio por escritores brasileiros. Gosto muito do estilo de Fernando Pessoa e o tenho como espelho. Sou um grande admirador de Suzanne Collins e J. K. Rowling.

4- Tem algum escritor(a) brasileiro que você admira?
Sim. Eu admiro bastante os novos talentos da literatura brasileira. Já li alguns nomes que me encantaram com suas escritas. São alguns: Mylena Araújo (A herdeira de Ótavos), Pedro Guerra (Precisava de você), Anderson M. Moura (O Nono e a raposa mestiça), Clayton Nunes (A mordida do vampiro), Lycia Barros (Perdido sem você) e o meu amigo Lucas Brasil (Que está prestes a publicar seu primeiro livro titulado: Uma vida sem Clarice).

5- Tem alguma frase que te define?
Não importa o que passamos nessa vida. Aquilo que se foi, ficou no passado. É mera lembrança. Temos de aproveitar o agora e nos importarmos com o que escolhemos ser. Porque aqui, agora, é o momento de plantar o amanhã.

6- Você tem alguma inspiração quando escreve ou tudo vai simplesmente surgindo?
Eu sempre busco me informar muito sobre aquilo que quero escrever. Mas, simultâneo às minhas pesquisas, vou escrevendo trechos de cenas e passagens da história. Acredito que há um pouquinho dos dois em minhas escritas!

7- Você tinha em mente um leitor enquanto escrevia o seu livro?
Antes de eu iniciar meu curso na Faculdade de Mauá-UNIESP/FAMA, não. Foi após o meu ingresso no ensino superior e um curso que realizei com a autora Lycia Barros que comecei a pensar no público que eu queria atingir. Logo depois, consegui editora para “A primeira carta”. 

8- Qual de seus personagens é o seu favorito ? Porque? O que ele significa para você?
Eu não possuo preferência por um personagem. Eu gosto muito de todos. Mas, se fosse para indicar um, eu escolheria Viatri Vorantin, o pai de minha personagem principal em “A Primeira Carta”. Porque o vejo com grande experiência e lição de vitória. Esse personagem significa a “vitória” depois de uma difícil batalha. Creio que ele mostra o quanto a vida é curta e por isso deve ser vivida, não sobrevivida.


9- Qual livro recomendaria aos seus leitores?
Tenho tantos. Mas, indicarei a todos os livros dos meus amigos ciados acima. Todos são histórias surpreendentes e que interagem direta ou indiretamente com o leitor. Autores e seus livros: Mylena Araújo (A herdeira de Ótavos), Pedro Guerra (Precisava de você), Anderson M. Moura (O Nono e a raposa mestiça), Clayton Nunes (A mordida do vampiro), Lycia Barros (Perdido sem você) e o meu amigo Lucas Brasil (Uma vida sem Clarice). Cada uma dessas histórias irá com certeza tocar um pedaço do seu coração.

10-Qual seria sua maior "dica" para quem quer começar a escrever "Profissionalmente"?
Muita disciplina. Eu acredito que dedicação e pesquisa viriam logo em seguida. O maior erro nosso (Digo porque também já cometi) é escrever sem um horário fixo. Todo escritor deve por bem, ter um momento em que ele use para escrever, ler e pesquisar, assim, não precisará ficar se preocupando com o tempo e questões de organização. Além da disciplina do horário, o autor também deve escrever todo dia ao menos uma linha! Pois, uma linha é melhor do que nada. As pesquisas vêm para auxiliar o trabalho e dar um norte à escrita. Outra coisa, foque o enredo e por último a ortografia, isso não limitará seu processo de criatividade e fará sua história fluir. Quando terminar o enredo, você volta e inicia o difícil processo de correção. Faça isso várias vezes antes de enviar a uma editora. =)

Erivaldo, Muito obrigado novamente, por conceder essa entrevista. Agora para finalizar o espaço é todo seu: Deixe uma mensagem/recado para seus leitores.

Primeiramente eu que agradeço pela espera. Peço perdão pela demora, mas estou engajado em um projeto de uma ONG (Breve trarei novidades *---*) e aos poucos fui escrevendo essas questões.
Eu gostaria de dizer a você que está lendo que tudo na vida tem um porém. Se você sonha em ser escritor, faça por onde chegar até lá. Se seu sonho for ser médico, bombeiro, advogado, professor, pesquisador, jogador de futebol, o que seja, dedique-se ao máximo. Tenha certeza que haverão muitas pessoas que te apoiarão como o oposto também. O importante é manter o foco e acreditar na chama do seu sonho. Se por ventura, não der certo, é porque não era para ser. E pode ter certeza que Deus tem algo muito melhor a você. Seja paciente, persistente. Seja resiliente. Respeite seus limites e plante sempre coisas boas. Acredite, a vida te trará o retorno. Se você visualiza, o primeiro passo já foi dado. É hora de vencer. Ah! Não se esqueça: CARPE DIEM... Aproveita o dia – SEMPRE! =)
Muito obrigado por me acompanhar até aqui.

Bom leitores, esse foi mais um Conversando com o autor espero que tenham gostado,
Se você quiser conhecer um pouco mas sobre o Erivaldo, ou sobre seu livro, segue 
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4 Comentários

  1. Oi ...
    Amei a entrevista !
    Gostei muito da frase que ele escolheu para se definir ... Super concordo !
    Beijos

    http://coisasdediane.blogspot.com.br/

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  2. Oiie,
    Eu não conhecia o autor, mas adorei a entrevista, gostei muito de conhecer um pouco sobre ele.
    Desejo todo sucesso!

    Beijos,
    Juh
    umminutoumlivro.blogspot.com.br

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  3. Olá muito bom o post estou te seguindo quando puder visita o meu blog,irei adorar!

    blogdajoalvesoficial.blogspot.com

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  4. Oie,
    não conhecia o autor nem o livro.
    Gostei bastante da entrevista

    bjos
    http://blog.vanessasueroz.com.br

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