Leitura na Pandemia [Opinião]




          Curiosidades: “No Ocidente, em 1455 Johannes Gutemberg inventa a imprensa com tipos moveis reutilizáveis, o primeiro livro impresso nessa técnica foi a Bíblia” Segundo o Google, em pesquisa publicada no dia 6 de agosto de 2010, existem no mundo 129 864 880 livros.
           Quem nasceu primeiro, o pensamento ou o comportamento? Um interage com outro
simultaneamente. Provocaríamos um diálogo, entre a mente e a imaginação, ao usarmos signos para criarmos uma linguagem propondo a comunicação.

         Há leituras onde vemos somente as letras formando palavras, dando sentido ao que está escrito, satisfazendo os olhos. Desconstruindo a memória. Há leituras, onde enxergamos através dos olhos da razão: a gramática dando vida a pontuação. A partir da idade média, regras e ortografias passam a ser obedecidas. Todavia, desenvolvemos uma leitura além das sintaxes (relação das palavras entre si) entendendo a relação dos sentimentos, descrito nas palavras daquilo que não se lê, desventura ao que se crê.

           No filme: “A Garota que Roubava Livros” narra a trágica história da guerra do nazismo.
Onde a protagonista, em meio a tantos conflitos, descobre na leitura a paz da inteligência em
vencer a guerra da ignorância. Em praça pública, foram queimados inúmeros livros, percebe-se a intolerância ao que pode libertar a população da estupidez e da arrogância. A garota que se tornara órfã perdendo os pais para o genocídio, foi adotada por casal alemão. Enquanto se isolava no porão, o estudo da escrita e a leitura foram seus momentos de infância, liberdade e paz em meio a tanta dor e sofrimentos.

            Nesta guerra “viral” que ora vivemos, um minúsculo ser estiolando vidas, dizimando
pessoas em todo mundo. Um luto social adoecendo pensamentos e sentimentos, no entanto,
ensinando-nos a adaptarmos aos novos paradigmas.

          A proposta de leitura no momento da pandemia, faz-se terapêutica de urgência, uma vez que muitos nos justificamos “sem tempo para ler”. Quando crianças os professores nos iniciam na leitura através de desenhos, que nos propõe imagens que provocam nosso lúdico. Brincando com as letras na formação de palavras chegando à leitura de textos. Quando adultos muitos desaprendemos esses hábitos.

         Que neste momento delicado e provocador de novos hábitos e atitudes, possamos buscá-los também na leitura de bons livros. Levando-nos todos a lugares inusitados, que incomodam nossa mesmice de pensamentos petrificados, enraizados na cultura da justificação e preguiça.

      A leitura nos separa do mundo por momentos, trazendo-nos uma viagem de informações fora do trivial e da repetição. Mergulhamos neste mar de ideias, nos embriagando nas palavras que dão sentido aos textos. Contextualizando-nos no pensamento do autor, da cultura, da etnia, credo e fantasias.

          Convido-vos a este lugar inóspito de início, ao educarem-se na disciplina da leitura; gerará o prazer de aprender e ensinar. O deserto tornar-se-á um oásis de envolvimento, ao que nos proporcionará, um lugar de desenvolvimento amenizando-nos o sofrimento.

Esse texto foi escrito por: 

Júlio Moura
Psicólogo
CRP- 09/011976

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