Fui convidada pelo IG febredelivro para
dar dicas para escritores sobre como escrever um thriller policial.
O assunto é vasto e com tantos pontos para
serem abordados, pensei em começar pelo básico, ou seja, O que é um thriller policial?
Vamos
por partes, como diria um famoso estripador.
O gênero policial, conhecido nos Estados
Unidos como Crime Fiction, tem como
elemento da história a investigação de um crime. Não é necessário que o crime
seja investigado pela polícia. Aqui, cabem investigações de detetives
particulares e até de pessoas comuns.
O leitor acompanha o investigador enquanto
ele avança nas pistas e chegam na solução do crime juntos. Alguns exemplos de
livros nacionais de suspense/thriller policiais são “Eu Vejo Kate 1 e 2”, da
autora Claudia Lemes, “Bom Dia Verônica”, de Ilana Casoy e Raphael Montes, e “O
Casamento”, de Victor Bonini.
Já o thriller, como a autora Claudia Lemes
ensina no Santa Adrenalina, seu guia
para escrever thrillers (por sinal,
recomendadíssimo para quem quer aprender a escrever um), não é necessariamente um romance
policial ou de suspense.
Na verdade, é possível existir thriller de
fantasia, distópico, juvenil, o famoso thriller psicológico, etc.
Afinal, o que diabos é um thriller?
O site literaryterms.net define o thriller
como sendo um gênero literário, um tipo de filme ou de programa de televisão
cuja a principal característica é a indução de fortes sentimentos de excitação,
ansiedade, tensão, medo e suspense. É a mídia que emociona o seu público.
Assim, podemos concluir que um bom
thriller faz o leitor roer as unhas, não desgrudar do livro, e, consegue o
efeito que todos os autores almejam para as suas obras: o famoso “só mais uma
página”, que acabam virando 100 e transformam a vítim... oops, leitor, em um zumbi na manhã seguinte.
Neste ponto do artigo, você, autor, já
está decidido que é esse o efeito
desejado para as suas histórias, então, como obtê-lo?
A resposta
primária é estruturação. Em um segundo momento trabalhar descrições, ambientação
e diálogos de forma que agreguem tensão e emoção à escrita.
Uma dica é estruturar a história com altos
e baixos, levando o coração do leitor a bater no fundo da goela e após a descarga
de adrenalina, trazer a sensação de alívio e o respiro necessários para a
próxima surpresa.
Utilizar plot twists e cliffhangers e
iniciar a história com o evento que dá causa à trama são outras dicas para agarrar
o leitor. Começar o livro apresentando o mundo do protagonista para só após
gerar o conflito é quase garantia de perda do seu público nas primeiras cenas. Outra
bola fora é introduzir a história descrevendo o clima - e quem nunca fez isso, que atire
o primeiro livro (no curso de escrita da Claudia Lemes é motivo para ir para o
“cantinho do pensamento”) -,
enfim, um bom thriller já abre chutando a
porta.
Que tal começar a arrebentar algumas?
OBRA DA AUTORA:
18+
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