É inconcebível não valorizar os grandes
benefícios que a internet trouxera ao desenvolvimento sócio tecnológico do
homem moderno. A rede de conexões possibilitou um salto incalculável entre as
relações sociais desde dá década de 60, marco histórico da primeira transmissão.
A desenvolta tecnológica trouxe sem dúvidas experiências significativas e impactantes,
que transverberou na maneira de nos relacionarmos afetivamente. Reflexo desse
fenômeno online é a superabundância
das redes sociais de relacionamentos e consequentemente a transformação do
homem real para o virtual, que gasta-se mais tempo respondendo as conexões
interpessoais do que sendo propriamente homem.
Vale ressaltar, a princípio que com o
surgimento da internet, as notícias, propagandas e as relações pessoais foram
potencializadas, fenômeno claramente definido como globalização, aumentando
assim a superconectividade e a dependência aos meios de acesso. É de considerar
que todo esse avanço é positivo, entretanto, há necessidade de fazermos uma
autocritica em relação aos prós e contras que o uso indiscriminado de tal
ferramenta pode desencadear no nosso meio. A conectividade que temos não é
necessariamente um impasse, mas, o tempo que gastamos manuseando o que
possuímos se torna cada vez mais preocupante.
Ademais,
muitas pessoas não ponderam a quantidade de horas que ficam presas as redes sociais,
lendo notícias, atualizando seus feed no
Facebook e Instagram, e o quanto a internet está onipresente em nossa vida ou
até mesmo quantos minutos perdemos aleatoriamente nas redes sem fazer
efetivamente nada. Sobretudo o que realmente estamos valorizando, já que
perdemos um tempo significativo da vida nesse processo, e deixamos de lado coisas que
nos ajudam em nosso desenvolvimento intelectual e humano, como ler um livro.
Nesse sentido, uma pesquisa levantada pelo
Picodi (2019), apontou que o Brasil está no oitavo lugar dos países que mais
leem livros no mundo, na mesma pesquisa os dados apontaram que 74% das pessoas
compraram pelo menos um livro no ano de 2018. Esses resultados apontam para um
aumento no número de leitores e favoravelmente uma tomada de posição acerca das
coisas que realmente fazem sentido, contrapondo aos influxos desmedidos da
hiperconectividade. Diante destas circunstâncias, o que acha de contribuir
ainda mais para esse aumento, convertendo as horas gastas em horas
superprodutivas lendo um livro informativo ou um livro que está te aguardando
na estante a muito tempo?
Na ferramenta OmniCalculator é possível calcular a quantidade de horas que você fica navegando na internet e transformar em quantos livros você leria nesse tempo. É uma ótima recomendação para controle do vício, mas se caso você não quiser se abalar com o resultado, livros como ‘’Conecte-se ao que importa’’ traz uma proposta para uma vida digital saudável, desconectar do que não importa e ter uma reflexão sobre coisas relevantes, dentro e fora das telas.
Em suma, os benefícios existentes ao ler um
livro são significativos para o desenvolvimento pessoal e intelectual. A
obtenção de conhecimento na prática se faz relevante, por expandir o modo de
organizar conhecimento e na realização de tarefas com êxito, sobretudo o
estímulo que o nosso cérebro obtém na hora da leitura. Por isso se faz cada vez
relevante o exercício do hábito da leitura no cotidiano. Afim de contrapor aos efeitos
desmedidos da hiperconectividade.
Escrito por: Cecília Marques e Márcio Marques
0 Comentários